Quando celebramos a quarta-feira de cinzas, lembramos que somos pó e ao pó voltaremos, exatamente para reconhecer a nossa fragilidade diante de Deus que é Eterno. Considerando este aspecto podemos também reconhecer a nossa fragilidade por meio dos nossos pecados, nos distanciamos de Deus por atos, pensamentos e omissões, porém Ele nos oferece a possibilidade de um novo encontro.
A reconciliação é uma missão confiada por Jesus aos discípulos, como fruto da experiência do perdão. Ela tem duas dimensões: uma eclesial que diz respeito à experiência da gratuidade, solidariedade e amor no interior das comunidades cristãs; e outra societária que se refere ao processo de evangelização, boa notícia e experiência de paz, fraternidade, solidariedade, nas diversas experiências sociais (extraído de: Teologia dos Sacramentos: Penitência e Unção dos Enfermos. Por: Pe. Márcio Fabri dos Anjos. São Paulo, 2005).
Assim sendo, a participação no Sacramento da reconciliação é uma graça para todos nós, por isso a nossa Paróquia oferece sempre a possibilidade de nos reconciliarmos com Deus e com os irmãos por meio da nossa participação sacramental. Em nossa Paróquia, é necessário o agendamento prévio na secretaria . Antes, porém, convém que se faça uma necessária preparação para a confissão, através de um exame de consciência, feito em silêncio, na tranquilidade, no recolhimento que favoreça a reflexão e a análise de si mesmo.
São condições indispensáveis para se realizar uma boa e frutuosa confissão:
1. Exame da própria consciência.
2. Arrependimento real dos pecados cometidos.
3. Propósito sincero de conversão, de mudança de vida, de abandono do pecado.
4. Confissão dos próprios pecados ao sacerdote que, nesse ato, age na pessoa de Cristo e representa a Igreja, que perdoa. O padre dá uma penitência como demonstração de alegria pelo perdão, e disposição para uma vida nova.
5. Absolvição, perdão dos pecados.
Hoje, a Igreja oferece Confissão e absolvição individuais. É a forma ordinária do sacramento. Começa com uma saudação inicial, como toda celebração cristã, invocando a Trindade, comunidade de amor que perdoa, e a informação ao padre de quando foi sua última confissão, ou seja, há quanto tempo você não se confessa, pois ainda permanece o mandamento da Igreja de confessar-se ao menos uma vez ao ano.
Segue-se a acusação. É o momento em que você vai dizer ao padre, que ali age na pessoa de Cristo, os pecados que você cometeu desde a última confissão. Para esse momento, é fundamental ter feito sério exame de consciência.
O padre, se achar necessário, vai aconselhar você a respeito de como crescer na vida cristã e vencer determinado pecado. Em seguida, ele vai lhe propor um exercício que demonstre sua gratidão pelo perdão e sua disposição para uma vida nova. É a penitência.
A seguir, você rezará o ato de contrição. É uma oração aprendida ou espontânea, que dirá a Deus três coisas: o seu arrependimento pelos pecados recebidos, a sua disposição de não cair de novo no pecado e, para isso, o seu desejo de contar com a graça de Deus, a qual a confissão lhe restitui.
O passo seguinte é a absolvição. Impondo as mãos, o padre rezará a fórmula: “Deus, Pai de misericórdia, que pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou consigo o mundo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo mistério da Igreja, o perdão e a paz. Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai + e do Filho + e do Espírito Santos. Amém.”
Está terminada a confissão. É hora de agradecer a Deus pelo seu perdão e misericórdia manifestados nesse sacramento.
(extraído de: Paróquia Nossa Senhora do Brasil