O sacramento da Unção dos Enfermos perdoa os pecados, mas como efeito secundário. O que é um efeito secundário? Imagine-se que alguém contrata uma empresa para construir o segundo andar de um prédio. Essa é a finalidade primária do contrato firmado. Mas, se, antes de realizar a obra, a construtora percebe que o primeiro andar não está bem edificado, é preciso que ela trabalhe nele antes de fazer o segundo. Isso não estava previsto em nenhuma cláusula, mas deverá ser realizado pela empresa, a fim de que se cumpra o objetivo principal do contrato.

Do mesmo modo, a primeira finalidade da Unção dos Enfermos é curar a alma dos efeitos do pecado. O perdão dos pecados é efeito primário de outro sacramento: a Confissão. Por isso, quando uma pessoa tem uma doença física, mas está em pecado mortal, é seu dever pedir ao sacerdote que lhe ministre o sacramento da Penitência. Também os sacerdotes deveriam ter a prudência pastoral de perguntar aos enfermos se eles querem se confessar. Dado que o perdão dos pecados não é algo automático, mágico, também é importante ajudar a pessoa a excitar em seu coração o arrependimento de seus pecados, pois muito pior que o padecer do corpo é a morte da alma.

É claro que, se já não se estiver consciente, a Unção dos Enfermos é suficiente para o perdão dos pecados. Porém, é importante que as famílias dos doentes recorram aos sacerdotes antes que isso aconteça. É possível supor que um bom católico, mesmo inconsciente, esteja arrependido de seus pecados. Mas, não se trata de uma suposição óbvia. Daí a importância de preparar com cuidado as almas para sua salvação eterna, com os sacramentos da Penitência e da Unção.

Fonte: Pe. Paulo Ricardo

Atenção: Comunicar com antecedência na Secretaria paroquial ou com os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão a visita do Padre.